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Sinceridade, porra!

Toda vez que perguntamos à alguém ou somos perguntados sobre como seria o homem ou mulher ideal, uma das qualidades que sempre são citadas é a sinceridade.


Babaquice. Poucas pessoas no mundo toleram a sinceridade, ou sabem lida com ela, quanto mais se ela advier da pessoa que amamos.


Ás vezes, mentimos para não machucar e outras vezes somos sinceros para ofender. Ambas hipóteses são catastróficas.


Ao mentir para não machucar, pode-se se ter a ilusão de estarmos protegendo a pessoa amada. Doce e curta ilusão. Mais cedo ou mais tarde, a verdade sempre vem.


E quando chega, a "proteção" que a mentira proporcionava acaba deixando a pessoa sem defesa e o chão se abre parecendo que o mundo vai desabar... Nessa hora, desculpas pouco ajudam.


Mas têm certas pessoas (e de vez em quando eu me incluo entre elas) que se dizem "sinceras" e utilizam dessa sinceridade para magoar os outros.


Há coisas ruins que certamente devem ser ditas, mas há maneiras e maneiras de dizê-las.


Há certas coisas que, se ditas, machucam, mas isso não é desculpa para não tentar machucar o outro o mínimo possível.


O bom mesmo é o meio termo que, como tudo que é ideal nessa vida, é difícil de encontrar. Infelizmente, a gente só aprende certas coisas errando mesmo.


Machucar as outras pessoas é inevitável uma vez ou outra. Não sei o que é pior: machucar tentando proteger ou machucar abusando da minha sinceridade.


Não sei se é porque sou libriana, mas cada vez acho que o equilíbrio é a palavra-chave da sabedoria.


Afinal, como dizem por aí, a diferença entre o remédio e o veneno está na dose. Mas não vou mentir, acho difícil encontrar aquele "meio-termo aristotélico". Vivendo e aprendendo.


Pelo menos é isso que tenho buscado: equilíbrio em tudo, com exceção de comida, bebida e sexo obviamente!

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