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Simplesmente adeus


Adeus.
Não que não te goste, mas não te quero mais.
Adeus.
Porque a vida segue, e a minha precisa seguir também.
Adeus.
Do que adianta dizer que fui a única mulher da tua vida se tu não demonstras com fatos.
Adeus porque cansei de te esperar.
Adeus porque acho que a vida tem mais o que me dar.
Perdoe-me por esperar mais da vida do que as migalhas do teu amor.
Não que eu não te ame, mas é que eu amo mais a mim mesma. Tem que ser assim e há de ser assim.
Sei que esse adeus é um adeus egoísta, pensando somente em mim. Mas, tu não pensaste em mim esse tempo todo em que te dei essa oportunidade.
E alguém tinha que pensar, nem que fosse eu mesma.
Logo, que assim seja. Adeus.


Vida e morte com flores no caminho


Queria gritar ao mundo que essa semana fiz aniversário, mas prefiro falar das flores.

Queria falar que não há problema nenhum em ser uma “quase balzaquiana”, mas prefiro falar das flores.

Queria expressar que me sinto adulta para fazer o que bem entendo, mas jovem o suficiente para não passar por ridícula. Mas, ainda, prefiro falar das flores.

Queria confessar que, toda semana, mudo de opinião sobre aplicar ou não botox. Mas prefiro falar das flores.

Mas, pelo contrário, quero dizer que me senti feliz e amada por ganhar um simples buquê de flores do meu pai nesta data tão especial.

Quero dizer que, bem no dia do meu aniversário, uma senhorinha muito querida que sempre morará no meu coração faleceu. E no velório? Mais flores, muitas flores.

Seja como for, as flores foram minhas companheiras nesse dia atípico.

Flores que festejam a vida. Flores que consolam a morte. Está aí a beleza que só as flores podem nos dar.

Seis anos sem minha mãe


E eis que ontem minha mãe fez aniversário de morte. Termo engraçado esse: “aniversário de morte”.

Seis anos se passaram daquele dia que mal fez parte do meu calendário, pois, naquela data, eu não vivi. Apenas respirei e atendia aos reflexos que o dia-a-dia me obrigava.

Hoje, temo nunca entender o amor que ela teve por mim já que descobri, recentemente, que alguns problemas de saúde tornam o fato de eu ser mãe um dia algo um pouco difícil. Logo eu, que nunca pensei em ser mãe... estou aqui me lamentando pelo fato de, biologicamente, não poder ser mesmo. Mas uma coisa é não querer, outra é não poder.

Ontem, chorei, e pedi desculpas a ela por não poder dar um neto, pois, me consolo com o fato de que ela estaria acompanhando o meu filho (se tivesse um) nem que fosse de longe, em outro plano.

Posso nunca entender o amor de mãe. Mas entendo o amor de filha. Por um momento, daria tudo que tenho e o que não tenho por um abraço dela nem que fosse por cinco minutos. Mas, logo, covardemente, repudiei esse desejo com todo meu coração. Não que eu não ame minha mãe, mas é que, exatamente, por amá-la, não suportaria perdê-la novamente. Cruel.

Aos interessados: Coração fechado pra balanço.


Pensei. Desisti. Pensei novamente. Não consigo chegar à outra conclusão e, admitir, que sou uma mulher carente.

No fundo, todas somos. Por mais que sejamos altivas, com o próprio trabalho, o próprio dinheiro, por mais que sejamos independentes, ainda somos tão mulheres quanto aquelas donzelas românticas que esperam o príncipe encantado para viverem felizes para sempre. Malditos contos de fadas que nos ensinam.

Cresci, não apareceu nenhum príncipe encantado. Decidi me divertir com os sapos mesmo. Mas aquela carência, a falta de alguém que te complete e preencha nosso coraçãozinho ainda persistiu e persiste. Aquele sonho que nasceu na pré-adolescência de um dia ter uma vida simples, porém, confortável com um homem que eu ame e me ame de volta ainda está lá no fundo dos meus desejos inconscientes.

Podem me achar radical demais, mas às vezes me acho meio prostituta. Uma Maria Madalena dos tempos modernos. Não que eu tenha me relacionado com homens por dinheiro ou por poder. Nada disso. Relacionei-me por bem menos: por um pouco de carinho e de atenção. Antes tivesse cobrado em dinheiro.

Mas, hoje, a Maria Madalena moderna não é apedrejada. É desprezada, ignorada e tratada como um pedaço de carne. Logo nós, que não pedimos nada em troca além de momentos em que nos sentimos amadas, mesmo que estejamos cientes que é só para nos levar para a cama.

Cada prostituta leva a pedrada que merece, e, depois de tanta violência velada, resolvi curar a feridas, me cuidar, pensar mais em mim do que no outro.

Eu mesma terei que aprender a acabar com a minha própria carência com a ajuda de Deus e dos amigos. Terei que aprender a dizer não, mesmo que esse não signifique ficar sozinha. Encontrar o prazer de estar comigo mesma é necessário no momento.

Espero não ficar sozinha para sempre, mas espero, ansiosamente, pelo dia em que um Salvador me livre do apedrejamento, me compreenda em seu íntimo e peça para não pecar mais.

O sexo e as gordinhas


Todo mundo sabe que gordinha tem fama de ser boa de cama. Até aí tudo bem, o problema são os fundamentos dessa afirmação.

Há um tempo atrás, meu antigo professor de Jiu Jitsu estava rindo da cara, digo, rindo da bunda da mulher melancia. Fiquei na minha, ofendida em silêncio já que faço parte das, literalmente, popozudas.

Lá pelas tantas, ele soltou a célebre frase: “mulher gorda é boa de cama porque se esmera na hora de dar, sabe-se lá quando vai ser a próxima vez”.

Imaginem uma mulher puta “dos corno”. Pois é. E ainda pagava para ouvir isso. Gostar ou não de mulher gordinha é uma opção de cada um. Mas afirmar que as gordinhas não têm opção para quem dar e quando aparece um “santo” que faça o sacrifício de nos comer, tem que dar como se não houvesse amanhã é, no mínimo, ridículo.

Pode parecer esquisito, mas homem que não tem problema nenhum em transar com mulheres com uns quilos a mais é o que não falta no mercado. Tem aqueles (e são muitos) que dizem que não são cachorro pra gostar de osso.

Eles querem uma bunda e umas coxas para apertar, e daí que elas venham com um pouco de celulite e estria?

Talvez a gordinha seja boa de cama porque não liga se vai ficar descabelada, suada, com a maquilagem borrada e com os pneuzinhos aparecendo em plena luz do dia, mas nunca, nunca, nunquinha, uma gordinha será boa de cama por falta de opção.

Uma breve história de amor

Era uma vez uma menina que tinha um sonho

De amar apenas um único homem para sempre toda a sua vida

Um dia ela achou que encontrou esse homem,

Entregou seu coração e fez planos para terem uma vida simples e feliz.

Mas logo depois ele a traiu com a primeira vaca que encontrou.

O amor acabou, a menina se desiludiu. FIM.

Só mais uma sobre isso que a gente sente


Quero ser amada,

nem que tuas palavras sejam mentiras.

Engana-me, me faz de trouxa, mas, me faz me sentir amada.

Oferece-me teu ombro amigo, carinha meu cabelo,

nem que seja só pra me levar pra cama.

Liga-me, me procura e diz que tem saudades,

mesmo que eu não seja o amor da tua vida.

Conta-me piadas, teus problemas e fica do meu lado,

mesmo que sejam cantadas baratas.

Não me importo de viver uma mentira desde que viva.

Porque posso estar “arrasada, mas, de algum modo, não desfeita em pedaços."

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