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A arte do desejo

O desejo é o sentimento que move a vida.

É aquele queimor no peito que nos avisa que o corpo ainda vive.

Não é de conquistas que vive homem, e sim, do desejo de conquistar.

A cada desejo não conquistado, me encontro com a criança birrenta que há dentro de mim. Esperneando porque não ganhou um pirulito.

O desejo é inerente à alma humana. Seja para o bem ou para o mal, é nosso consolo para abrir os olhos na manhã seguinte e continuar vivendo.

Pode ser um desejo sublime, altruísta, profano ou egoísta. Não importa!

Sem desejo, o corpo ainda vive, mas, a alma há muito já está morta.

Viver pela metade não me interessa.

Desejo o tudo, desejo o nada. Desejo tanto tantas coisas que me perco na imensidão de mim mesma.

O dia em que não houver mais nada nesse mundo que eu possa desejar, posso-me ir, já que descansar em paz é o desejo final de cada um de nós.

Mas, até lá, o meu desejo mais ardente e secreto, é o desejo de desejar.

O tipo certo de cara errado

Que mulher não merece um "perigote das mulheres"?


Existe uma coisa que pode fazer a vida de uma mulher se transformar num inferno: CARÊNCIA.

É isso mesmo! Nenhuma mulher está imune de se decepcionar num relacionamento. Sempre tem aquela fase em que desejamos a morte de todos os homens do mundo , de forma dolorosa e lenta, bem lenta.

Sim. Quem é mulher e já viveu um pouquinho nessa vida sabe do que estou falando. É aquele momento em que se respira fundo, olha para o espelho e diz: “Tá na hora de se valorizar, queridinha! Chega de passar sufoco e humilhação nas mão desses “cafachorros” que não te dão valor!”

Se autovalorizar na frente do espelho ao melhor estilo Nazaré Tedesco:


Aí a gente começa a pensar aquela coisa de “antes sozinha que má acompanhada”, que agora só vai ficar com um cara que realmente interesse e tal.

Ahãm, senta lá Cláudia, porque é bem aí que o perigo mora.

Não é sempre que uma mulher encontra um cara por quem se interessa de verdade. É bem raro, para ser sincera.

O problema é que, quando a mulher fica muito tempo sem ninguém, fica carente, e, mulher carente só faz merda.

Mulher carente consegue enxergar o homem dos sonhos no cara mais escroto da face da terra. Sei lá. Acho que a falta de sexo deturpa a visão da realidade. Mulher carente acaba se contentando com migalha.

É como se a mulher comprasse um sofá liiiindo por uma pechincha, e, ao chegar em casa, percebe que o sofá não combina com a decoração da sala.

Vamos ser sincera mulheres. Eu admito que já fiz merda quando estava carente, e que mulher nunca fez não é mesmo?

E é aí que entra o tipo certo de cara errado. É aquele cara legalzinho que é sincero contigo o suficiente pra te dizer que te acha gostosa e só quer te comer, e, até que te come direitinho. Tu não vais namorar com ele, muito menos constituir família. Mas terás algo muito importante: uma vida sexual ativa e saudável.

Vamos dizer que ele não é um príncipe encantado mas é adequado para o momento.

Já é o suficiente para uma mulher não ficar carente por um booooom e looooongo período. Acreditem, essa atitude pode evitar muitas decepções futuras.

E aí? Bóra garantir o seu F.G.T.S. (Foda Garantida Toda Semana)?

Bon Jovi, Rush, Green Day? Só para os fracos!



Morar em São Paulo significa poder acessar qualquer tipo de cultura que seria impossível no interior.

Desde que moro aqui, já teve show do Bon Jovi, do Rush e terá do Green Day, Paul McCartney e Norah Jones brevemente. Aliás, o show da Norah Jones será gratuito (mais informações aqui).

Acho ótimo um fã poder assistir um show do seu ídolo. Parece que São Paulo privilegia mesmo esse tipo de acontecimento... MENOS COMIGO!!!!

E desde quando eu quero assistir ao show de Bon Jovi e cia ltda? Show que presta mesmo é o show do Wando e do Sidney Magal!!!

Yeah, yo soy cafona, beibe! ONDE ESTÁ SEU DEUS AGORA, HEIN?

Agora, me diga: eles fizeram um showzinho em Sampa no tempo em que moro aqui? NOT! Pelo menos, não que eu saiba e não encontrei nenhuma agenda no site ofical deles.

No dia em que eu for no show deles, terei crises orgásmicas de felicidade! Fato incontestável. Vou até jogar uma calcinha no palco pro Wando! Me aguardem. Rá!

Mulher moderna? Isso só podia dar em confusão!



Que me perdoem as verdadeiras feministas que lutaram por direitos iguais, mas, confesso que ser mulher moderna me deixa confusa.

Hoje, a mulher pode escolher o que quer ser. O direito de escolha é, talvez, o principal direito conquistado pelas mulheres desde o advento da pílula anticoncepcional.

Podemos trabalhar, estar em pé de igualdade (ou quase) com qualquer homem. Hoje, dominamos nas faculdades, cursos de especialização e concursos públicos.

Muito bom saber que a mulher não tem mais de, como única opção, cuidar de um lar e se responsabilizar pela criação dos filhos e ser submissa ao marido.

Hoje, a mulher pode ser dar ao luxo de poder escolher o quer fazer da vida, e, tentar ser feliz com as próprias escolhas.

Pois é. Nunca imaginei que esse leque infindável de possibilidades me deixasse feito uma barata tonta, mais perdida que o padre do balão!!!

Essa é a minha condição pós-moderna.

Parabéns, Priscila! Tu estais a enfrentar a tua primeira crise da meia idade. CHUPA ESSA MANGA!!!

O fato é que um lado de mim quer se profissionalizar, se dedicar, exclusivamente, à carreira... se realizar profissionalmente.

E tem um outro lado que (pasmen!) quer ser uma mulher um tanto mais dedicada ao lar, à qualidade de vida da família, apoiar o marido e dar o suporte para que ele cresça profissionalmente (o dia que eu tiver um, é claro... mas isso é outra questão).

A verdade é que saboreei a parte boa desses dois lados. Já me senti realizada atuando num Tribunal do Júri. Já me senti realizada fritando cavaquinho para o café da tarde do meu namorado.

E agora José?

Eu tenho medo de escolher me dedicar à carreira. Chegar ao 50 anos, olhar para trás e ver que não cultivei (ou cultivei pouco) os momentos, verdadeiramente, felizes na minha vida que sempre foram os mais simples.

Mas, também, morro de medo de me dedicar ao lar. Por mais que seja gratificante, sempre corremos o risco de me dedicar a um marido, por exemplo, que ao 50 anos irá me trocar por duas de 25!! Isso sem contar com o fato de eu achar que me “bitolaria” e “pararia no tempo” e, na pior das hipóteses, teria uma inteligência desperdiçada (Ok. Faltou humildade nesse corpinho agora. rs).

Claro, que na teoria a solução é muito fácil: era só se dedicar ao lar e procurar algo com calma que, realmente, gostasse de fazer mas que não consumisse todo o tempo útil desse mundo. Assim, abraçaria o mundo com tudo que acho que me faz feliz.

Aff. Seria perfeito se eu não tivesse que bancar, JÁ, meu aluguel, minha comida e meu sutento como um todo. Coisas da vida moderna.

O que vou fazer? Boa pergunta! Mas, antes de responder eu vou lá me matar e já volto. ABS.

Carne vermelha mal passada. Quer q eu desenhe?



Eu posso sair do Sul do Brasil, mas o Sul não sai de mim. Não adianta. E tem certas coisas que é difícil de se acostumar quando se está morando em outra região do país.

Quem acompanha o blog (oi pai! oi mana!) sabe que estou morando em São Paulo. Via de regra, os paulistas recepcionam muito bem as pessoas do sul... disso eu não posso reclamar.

Meu único contratempo com os paulistas é esse: a carne.

Nasci e cresci numa família que faz churrasco, pelo menos, uma vez por semana. Sabe aquela costela bem saborosa, picanha mal passada, cupim se desmanchando? Quem é do sul vai entender das maravilhas gastrônomicas que estou falando.

Mas, para minha suspresa, descobri que a moda aqui em São Paulo é mulher não comer carne vermelha. No máximo, um franguinho grelhado. Me desculpem, mas as considero um bando de frescas. Pronto falei.

Mas cada um é cada um e se toda pessoa tem o direito de comer o que bem entender, EU TAMBÉM TENHO PORRA!!!

Vocês não imaginam a tortura que é para conseguir uma carne vermelha mal passada e de qualidade nessa cidade.

Tu chegas num restaurante e pede uma carne vermelha nobre. O garçom te olha torto, já que não é comum uma moça educada e bem vestida pedir carne vermelha. Bléh.

Aí vem o clímax: “Bem mal passada, por favor”.

Pronto! Agora o garçom te olha como se tu fosses uma ogra, um ET, uma predadora, um monstro nojento que come criancinhas inocentes vivas.

É sempre um constragimento, e mais: um constragimento desnecessário porque não adianta implorar para deixar a carne mal passada, com o boi fazendo muuuuu... ela sempre virá torrada, no máximo, ao ponto.

Olho para o prato, respiro fundo, abstraio e finjo demência. É o que se tem. Paciência. Quando se põe o pedaço de carne na boca, a decepção mor: eles tacam amaciante na porcaria da carne. Dá pra sentir o gosto e textura do produto. Lamentável.

Agora me diga: qual a necessidade de pôr amaciante num miolo de filé mignon? É meu amigo. Esses restaurantes ladrão de São paulo pegam carne de segunda, tacam amaciante e cortam bonitinho e vendem como se fosse a mais nobre das carnes. E cobram bem, mas bem caro por isso.

Aham, sentá lá Cláudia. Esses paulistas têm de se esforçar mais para enganar uma típica mulher sulista. Bando de malandreeeeenhos. Rá!

Eu me sinto lesada! E eu sei que o povo do sul que aprecia um bom churrasco é solidário com a minha dor.

Contos de fada? Não, obrigada!

“Morrer de amor não é difícil, não. Se atirar do edifício. Viver de amor é que é difícil. Se atirar...”

Desde criança, nunca gostei de contos de fadas, mas, não sabia a causa.

Sempre achei estranho essas histórias: o príncipe que move montanhas para ter a princesa amada ao seu lado, e quando, finalmente, consegue ter nos braços a sua amada... a história termina no: “e foram felizes para sempre”.

O conto de fadas termina quando a verdadeira história de amor começa.

É fácil desejar aquilo que não se pode ter. O objeto almejado queima na alma, e, o ser humano é capaz de dos maiores sacrifícios para conquista-lo.

É. Morrer de amor não é difícil. Difícil mesmo é viver de amor. Um amor que supera o tempo, as dificuldades rotineiras, o mal humor matutino, a falta de consideração, a falta de grana, ao dia chuvoso, os quilos a mais, o peito caído, a barriga de cerveja, a calvície, os filhos, etc.

Difícil mesmo é olhar para a mesma pessoa durante anos e, ainda assim, continuar admirando a sua beleza e a sua postura diante da vida.

O difícil não é superar obstáculos para ficar com a pessoa que se ama. Duro mesmo é enfrentar as dificuldades ao lado da pessoa que se ama.

Nós, mulheres, vivemos na expectativa de viver um conto de fadas na vida real. Mas só depois, quando a gente cresce e quebra a cara várias vezes, nos damos conta que é no fim do conto de fadas que começa a verdadeira história de amor.

Ser uma princesa indefesa trancada no alto de uma masmorra na espera do príncipe encantado é fácil demais. Difícil mesmo é ser guerreira, arregaçar as mangas, e lutar pela nossa felicidade todos os dias.

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