Mulher moderna? Isso só podia dar em confusão!
Que me perdoem as verdadeiras feministas que lutaram por direitos iguais, mas, confesso que ser mulher moderna me deixa confusa.
Hoje, a mulher pode escolher o que quer ser. O direito de escolha é, talvez, o principal direito conquistado pelas mulheres desde o advento da pílula anticoncepcional.
Podemos trabalhar, estar em pé de igualdade (ou quase) com qualquer homem. Hoje, dominamos nas faculdades, cursos de especialização e concursos públicos.
Muito bom saber que a mulher não tem mais de, como única opção, cuidar de um lar e se responsabilizar pela criação dos filhos e ser submissa ao marido.
Hoje, a mulher pode ser dar ao luxo de poder escolher o quer fazer da vida, e, tentar ser feliz com as próprias escolhas.
Pois é. Nunca imaginei que esse leque infindável de possibilidades me deixasse feito uma barata tonta, mais perdida que o padre do balão!!!
Essa é a minha condição pós-moderna.
Parabéns, Priscila! Tu estais a enfrentar a tua primeira crise da meia idade. CHUPA ESSA MANGA!!!
O fato é que um lado de mim quer se profissionalizar, se dedicar, exclusivamente, à carreira... se realizar profissionalmente.
E tem um outro lado que (pasmen!) quer ser uma mulher um tanto mais dedicada ao lar, à qualidade de vida da família, apoiar o marido e dar o suporte para que ele cresça profissionalmente (o dia que eu tiver um, é claro... mas isso é outra questão).
A verdade é que saboreei a parte boa desses dois lados. Já me senti realizada atuando num Tribunal do Júri. Já me senti realizada fritando cavaquinho para o café da tarde do meu namorado.
E agora José?
Eu tenho medo de escolher me dedicar à carreira. Chegar ao 50 anos, olhar para trás e ver que não cultivei (ou cultivei pouco) os momentos, verdadeiramente, felizes na minha vida que sempre foram os mais simples.
Mas, também, morro de medo de me dedicar ao lar. Por mais que seja gratificante, sempre corremos o risco de me dedicar a um marido, por exemplo, que ao 50 anos irá me trocar por duas de 25!! Isso sem contar com o fato de eu achar que me “bitolaria” e “pararia no tempo” e, na pior das hipóteses, teria uma inteligência desperdiçada (Ok. Faltou humildade nesse corpinho agora. rs).
Claro, que na teoria a solução é muito fácil: era só se dedicar ao lar e procurar algo com calma que, realmente, gostasse de fazer mas que não consumisse todo o tempo útil desse mundo. Assim, abraçaria o mundo com tudo que acho que me faz feliz.
Aff. Seria perfeito se eu não tivesse que bancar, JÁ, meu aluguel, minha comida e meu sutento como um todo. Coisas da vida moderna.
O que vou fazer? Boa pergunta! Mas, antes de responder eu vou lá me matar e já volto. ABS.
Fora a porra do sexo, nada pode ser mais prazeiroso na vida de uma mulher que fritar cavaquinho para o homem. Uma carreira é apenas uma carreira. Não há registro de que uma mulher olhando para tras e veja uma vida dedicada a carreira sinta prazer. Mas fritar cavalhinho muda tudo. O fato de chegar a "fritar" o cavaquinho já indica que a mulher é foda no cavaquinho. Não é pouca porcaria. É pacífico deduzir que qualquer namorado se derreta de amor vendo sua amada transformada numa virtuose a ponto de atingir a fritagem. É emocionante. Transfordante. Cavacal.
Pri, permita-me dizer: foda-se a carreira. Vá ser feliz! Infelizmente, não dá para ter todas as coisas. Seria fantástico se a vida fosse fácil e perfeita, né. O lance é aproveitar os bons momentos. E não fique chateada, pois essa crise da meia idade acontece com qualquer um. De cinco em cinco anos eu tenho a minha :p
Beijão