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Caso Kenefer: Em defesa da sentença que impediu o caso de ir a Júri Popular


O caso da menina Kenefer chocou os criciumenses. A menina foi estuprada, sofreu com asfixia, acabou falecendo e teve seu corpo pendurado em um alambrado de um campo de futebol na periferia da cidade. Não lembrou dos detalhes do caso? Veja aqui.

O acusado confessou o crime e apesar da violência com que o crime foi cometido, ele não vai ser julgado pelo Júri Popular. Tal decisão tem gerado indignação à família da vítima e causando aquela velha e conhecida sensação de impunidade.

O promotor vem sendo aclamado publicamente por recorrer da decisão, e, a Justiça Brasileira tem sido criticada por ser “branda” com criminosos cruéis.

Sei que vou ser moralmente linchada por isso, mas, acredito que o juiz tomou a decisão correta.

Primeiro, há de se ressaltar que o fato de um crime não ir a júri popular não significa que ele sairá impune. Significa, antes de mais nada, que o fato não vai ser julgado pelos juízes leigos (jurados) e sim por um Juiz togado (concursado). Ou seja, HAVERÁ PUNIÇÃO!

No Brasil, somente vai a júri popular os crimes dolosos contra a vida, o que, aparentemente não foi o caso. É um crime sexual com pena severa, mas ainda, um crime sexual.

Argumenta o juiz que a morte da vítima se deu em decorrência do estupro e não da asfixia por ela sofrida, conforme o laudo pericial. Por mais que o réu tenha tido a intenção (consciência + vontade = dolo) de matar ao asfixiar, tal objetivo não foi alcançado da forma pretendida.

Portanto, não se pode falar em homicídio e sim em “morte em decorrência do estupro”, pois foi o que de fato ocorreu, além do seqüestro e do vilipêndio.

Em termos práticos, a quantidade de pena do acusado indo ou não a Júri Popular é praticamente a mesma e será uma pena bem severa em qualquer dos casos. Se o objetivo é como se diz popularmente: "colocar o bandido na cadeia"... será alcançado.

Há de se ressaltar que o processo que não vai a júri popular se torna mais célere, ou seja, mais cedo se tem uma condenação severa e mais cedo se tem uma resposta da Justiça à sociedade.

Mas, agora que o promotor vai recorrer, a coisa muda de figura. O Tribunal vai julgar e, dependendo do resultado ainda pode se ajuizar mais algum recurso ou requerer o desaforamento do Júri.... ou seja, vai demorar para que se tenha uma sentença definitiva. E se demorar muito, o acusado pode até ser solto pela morosidade judicial, como ocorreu com a Suzane Richthoffen por exemplo.

Se um juiz singular julgar o caso e nele houver provas de que o réu é culpado, a condenação é 100% certa, mas, num júri popular tudo pode acontecer. Você se lembra do Guilherme de Pádua que matou a Daniela Perez e que era réu confesso? Ele foi condenado por quatro votos a três, ou seja, se mais algum jurado o considerasse inocente, ele seria absolvido.

Mas, não há o que se falar em impunidade nesse caso. Aliás, a família da Kenefer deveria estar agradecida pelo fato do caso não ir a Júri popular. Só quem já participou sabe o quanto é difícil e doloroso a sessão do Tribunal do Júri para a família da vítima.

São horas e horas em que o promotor e o defensor irão debater o caso abertamente para os sete jurados e para todos os cidadãos que queiram assistir. Eles vão falar detalhadamente, várias vezes, todas as nuances da violência sexual e física sofrida pela vítima.

É como se encenassem a morte da vítima várias vezes no mesmo dia. Como se a família visualizasse a morte da vítima incansáveis vezes. A intimidade da vítima é exposta, escancarada, ainda mais quando há conexão com crimes sexuais.

O promotor fará questão de enfatizar a dor que a menina Kenefer deve ter sofrido ao sentir a invasão de um pênis violentamente estocado numa vagina infantil. As fotos serão mostradas aos jurados para que eles tenham noção da destruição que ocorre numa vagina infantil durante o estupro. Talvez, leve a camiseta que foi utilizada para asfixiar a vítima. Talvez até simule no próprio pescoço como o acusado deve ter procedido naquele pescocinho fresco e liso de menina.

O defensor também mostrará as fotos da vítima morta aos jurados. Vai mostrá-las até os jurados conseguirem se acostumar àquelas imagens horrendas. Ele vai se deter ao ato sexual violento, mais uma vez, pois foi o que causou a morte da vítima. Vai falar que o acusado é um homem de bem, que tem bons antecedentes, que é um bom esposo e bom cidadão. E vai falar isso não porque está tentando ludibriar o júri, mas sim, porque os criminosos sexuais são monstros com as vítimas, mas ótimas pessoas com aqueles que amam.

Agora, eu pergunto: é necessário que a família da menina Kenefer assista a tudo isso? Que sofra ao ver a honra da sua filha exposta dessa forma? A vida da vítima, infelizmente, não pode mais ser resguardada, mas sua honra ainda permanece na lembrança de todos que com ela conviveram.

Qual a vantagem de matar a menina Kenefer mais uma vez? É uma forma injusta e desnecessária de se fazer Justiça.

A era dos pseudo-intelectuais



O mundo não é cor de rosa e, no fim, todos precisam de um rótulo quando se convive em sociedade. Ninguém é tão original que consiga escapar dessa “catalogação”.

Mas, vira e mexe, têm rótulos que ganham destaque de acordo com as nuances sociais de determinada época.

Estamos na era dos pseudo-intelectuais. Ah, os pseudo-intelectuais!!!! Sem eles, os blogs não teriam tanta força, os vlogs seriam raros e não teríamos tantos “comentaristas” nos jornais da TV.

Mas, o que é um pseudo-intelectual? Cada um tem seu conceito e, para mim, são pessoas que não aplicam no dia-a-dia aquilo que pregam intelectualmente. Todo intelectual que se preze VIVENCIA e paga o preço de vivenciar suas idéias na vida prática.

Os pseudo-intelectuais escrevem e declamam textos maravilhosos, muitas citando escritores e filósofos cult. São aclamados, bajulados e queridinhos da opinião pública que os elegem como “representante da classe intelectual”. Podem até não ter perfil no twitter, mas tem muitos seguidores (piadinha sem graça... a gente vê por aqui! Rá!).

Na internet, por exemplo. Conheci vários blogs legais com textos, até então, com alta carga de intelectualidade... até conhecer o blogueiro pessoalmente e descobrir que, no cotidiano dele, não emprega uma vírgula das idéias contidas nos posts que produz.

Mas isso não é uma “dádiva” só de blogueiro, mas, nos blogs e na web como um todo ganham mais volume pela fácil acessibilidade. Porém, só pra citar um exemplo de fora da internet sem citar nome: tem um certo comentarista de TV que saiu, recentemente, da RBS/TV de SC e é aclamado como intelectual defensor da justiça, da moral e dos bons costumes mas que teve ligações, no mínimo duvidosas, com a ditadura militar.

Gente, a intelectualidade não serve para nos conceder status ante a sociedade e sim, acima de tudo, melhorar a nossa vida prática. A quem interessa essa intelectualidade vazia e poética que só enche papel? Do que adianta plantar flores intelectuais e, na vida real, semear discórdia e incompreensão?

E ainda há um monte de trouxa que vai lá comentar os posts dessas pessoas tecendo elogios chegando ao fanatismo ou ao “puxassaquismo” infinito. É sentar, relaxar e rir com a ingenuidade humana.

Mas como saber se alguém é pseudo-intelectual mesmo não o conhecendo pessoalmente? Não é a coisa mais simples do mundo, mas tenho duas dicas.

Primeiro: idéias muito extremista. Se o cara é um defensor ferrenho da moral e dos bons costumes... desconfie! Ninguém consegue ser tão perfeito assim. E, desconfie, também, dos rebeldes poéticos sem causa... ou eles são adolescentes ou tem sérios problemas mentais.

Segundo: pesquise as fontes da pessoa que se diz intelectual. Fontes são pessoas e obras que influenciam o caráter intelectual de qualquer ser humano. Se a pessoa for árduo fã de clichês como Clarice Lispector, Nietzche, Beatles, Tarantino e, os citam como os maiores gênios de suas respectivas áreas.... desconfie!

Não que essas grandes personalidades não sejam destaque e não mereçam respeito, mas é que os pseudo-intelectuais são, acima de tudo, uma personagem complexa e acabam por compô-la com gostos Cult que, por alguma razão a mim desconhecida, estão na moda.

Acredite, uma das coisas mais bonitas na intelectualidade é a variedade infinita de fontes que influencia o pensar de cada um. É impossível que tantas pessoas “intelectuais” sejam influencidas pelas mesmas sete ou oito fontes de sempre. Você pode achar estranho, mas o mundo tem muita coisa boa por aí para se inspirar!

Eu e as mulheres de Sheldon

Ao contrário do que muita gente acha, não sou de ler muito e minha família nunca incentivou a leitura.

Não li os clássicos da Marta Rocha ou Monteiro Lobato. Os contos de fada? Só conheci pelos desenhos da Disney.

Para minha família, ler qualquer coisa que não fosse obrigado pela escola era uma distração desnecessária que desviaria a filha com um boletim tão lindo para o mal caminho.

No Colégio onde estudava, a carteirinha da biblioteca dependia da autorização dos pais... algo que nunca tive.

Só aos doze anos tive acesso à biblioteca. Mas alugava os livros escondidos da minha família. Era um mundo maravilhoso a ser descoberto, e, ainda me lembro do primeiro livro que eu li espontaneamente: Um capricho dos deuses – Sidney Sheldon.

Enquanto as outras pessoas alugavam qualquer livro da série Vagalume, lá estava eu... entertida no mundo fantástico de Sidney Sheldon, recheado de traição, sofrimento, sexo e, lógico, amor.

Impossível não se apaixonar e desejar ser uma das mocinhas de Sheldon. Todas mulheres aparentemente normais, mas fortes, destemidas, lindas e sensuais.

A mulher sempre descrita como normal, mas tinha os cabelos bem tratados, o corpo perfeito e uma sensualidade natural, além da inteligência e coragem natas.

Passei minha adolescência inteira pensando que poderia, um dia, ser como essas mulheres.

Cresci, me olho no espelho e vejo que não chego nem perto delas. Nenhuma mulher chega, mas, mesmo assim, ainda fico desapontada ao ver que cresci e me tornei o que tornei: a mediocridade em pessoa.

Não que eu seja a pessoa mais feia, menos sensual, menos inteligente do mundo, porém, com certeza, não chego aos pés de nenhuma das mulheres de Sheldon.

Sinto-me como aquele menino que foi incentivado a brincar de Superman, mas teve que aprender com a frustração de não ter nenhum super poder.

A menina, normalmente, brinca de coisas tangíveis como “casinha”, “mamãe” e “professora”, como se nos preparasse para a vida que teríamos ao crescer. Acredite, eu com 12 anos ainda brincava, mas brincava de ser uma diva digna de Sidney Sheldon e ninguém me avisou que eu não seria uma quando crescesse. Pena.

Sou mulher e sou contra o feminismo. ME AMEM!!

Quem foi a idiota da mulher que inventou o feminismo??

Claro que toda mulher é um ser humano, e enquanto tal quer ter voz, aprender a ler e escrever, votar, etc...

Mas esse negócio de direitos iguais já é exagero. O fato é que homens e mulheres não são iguais e devem ser tratados de acordo com suas diferenças. Diferentes sim, mas isso não significa que um seja superior ao outro. Apenas diferentes.

As mulheres conquistaram seus direitos e se esqueceram de repartir os deveres. A mulher pode trabalhar, ganhar seu dinheiro, ser intelectualmente reconhecida e até ser presidente. Mas se esqueceu de dividir os deveres com o homem como limpar a casa e cuidar dos filhos.

Assim, a mulher tem várias jornadas: a trabalhadora, a faxineira, a mãe, a esposa. O homem? Bem, a verdade é que, na maioria dos casos, o homem é trabalhador e pai nas horas vagas.

E agora tem até homem tirando proveito do feminismo! Sim, na famosa hora de pagar a conta de uma porcaria de um cinema, eles vêm com essa: “Vocês não querem direitos iguais? Então cada um paga sua”. Ele pode até não te dizer isso na hora de rachar a conta, mas é o que ele pensa e o que alardeia nas rodas de bar com os amigos.

Os homens esqueceram a diferença entre “direitos” e cavalheirismo, pois para mim, o homem se oferecer para pagar a entrada de um cinema é um sinal de educação. Aí vai da mulher aceitar ou não. Poxa, uma entrada de cinema não vai deixar ninguém pobre, né?

Eu me recuso a ter tripla jornada. Ou sou uma profissional ou sou uma dona de casa, mãe etc... Os dois não dá. E se a mulher é profissional, o homem também tem que ajudar na casa. Bóra, lavar louça, passar aspirador, tirar pó etc...

Se a mulher é dona de casa, o homem tem que trabalhar muito bem trabalhado para dar um sustento digno para família, porque, meu caro homem, chegar em casa com ela toda arrumadinha, os filhos em ordem e a mulher toda cheirosinha .... SAI CARO!

Tenho ódio desses homens que não conseguem sustentar uma casa sozinho (o que na minha opinião não é mais que obrigação), a mulher é obrigada a trabalhar pra ajudar nas contas e ainda me vem com aquela historinha de que arrumar a casa é coisa de mulher MUITA CARA DE PAU.

Aliás, essa história de que homem gosta que sua esposa trabalhe fora é discurso de homem pobre que não consegue pagar as contas sozinho.

Então, meu texto é um protesto sobre essa visão feminista de que a mulher tem que fazer tudo e mais um pouco. Meninas, está na hora de repartir os deveres com os homens. Ou eles sustentam a casa sozinhos com dignidade ou pode ir pegando uma trouxa de roupa para lavar.

E, respondendo a pergunta inicial, eu aposto que quem inventou esse tal de feminismo foi um homem!

Desejando a volta dos que nunca se foram...



Hoje me olhei no espelho e percebi que sinto falta de coisas que nunca tive.

Sinto falta de ter uma família minha. Engraçado, essa falta me consome, e, olha que nunca tive vontade de casar.

Sinto falta de ser mãe, mas Deus me livre de engravidar agora e viver 24 horas por dia em função de um filho.

Sinto falta de respirar o ar da montanha mesmo idolatrando o santo ar condicionado nosso de cada dia calorento.

Sinto falta de fazer falta na vida das pessoas que realmente me importam, mesmo eu fazendo de tudo para estar presente nem que seja em pensamento.

Sinto falta de Deus e nunca fiz questão de ir para o céu.

Essa falta do que não se quer ter faz-me sentir uma completa idiota no meio de tantas almas na busca em preencher o vazio que consigo carregam.

É como querer gritar, em sinal de desabafo, ao mesmo tempo em que se almeja a paz do silêncio.

É uma rua sem saída, uma história sem final, um mato sem nenhum coelho.

Só me resta levantar o rosto e seguir em frente carregando essa falta do que não se quer ter, nas costas.

Pelo menos tenho uma falta para chamar de minha e ninguém pode tirá-la de mim.

E eu que achava que não tinha nada a perder, acabei encontrando a companhia da falta insaciável que marca meu coração a ferro, e, ao sentir essa dor que é só minha, faz-me ter a tênue lembrança de que ainda estou viva.

Criciúma X RBS (amor eterno... NOT)


Poucos títulos têm um gostinho tão bom quanto a conquista do Primeiro Turno do Catarinão.

Garantir uma vaga no final do Catarinão é bom. Conquistar uma vaga na Copa do Brasil é ótimo, ainda mais quando se trata de um campeonato que nos traz boas lembranças. Quebrar um jejum de oito meses sem ganhar fora de casa é excelente. Tirar a taça do Figueirense, que era o favorito, é sensacional. Vencer, mesmo com um juiz caseiro e tendencioso ao adversário é espetacular. Conseguir silenciar a torcida numericamente superior, mesmo com 5 ônibus de torcedores criciumenses detidos pela PRF de forma tão estranha é atingir o nirvana. Ver o Criciúma ganhar e poder dizer: Chuuuuupa RBS!!!... não tem preço!

Passei minha infância inteira tendo que aturar o bate papo sobre esporte no RBS/TV formado por dois comentaristas: Miguel Livramento do Avaí e Roberto Alves do Figueirense. Eles eram os responsáveis por comentar o futebol de Santa Catarina para o estado inteiro. Porém, cada um preferia puxar a sardinha para o seu lado, chegando ao cúmulo de aparecer na TV com a camisa do seu time do coração.

E eles debatiam sobre e só sobre Avaí e Figueirense. Não adiantou o Criciúma ganhar a Copa de 91, se sair bem na Libertadores ou competir na série A. O debate sempre foi sobre o Avaí e Figueirense. Claro que eram obrigados a citar o Criciúma, mas estavam longe de debater ou analisar o time e sua atuação.

Mas essa discriminação não era só contra o Tigre. Era contra qualquer time que não fosse Avaí e Figueirense. Se o Criciúma, campeão da Copa do Brasil de 91, não tinha espaço no debate esportivo da RBS que ia para todo o estado... imagine a situação dos coitados do Joinville e da Chapecoense que em muitos anos se destacaram no Catarinense, inclusive com títulos.

Não há torcedor do Criciúma que se esqueça da fatídica campanha do Tigre na série A em 2004. Não tinha nenhum grande destaque, mas no conjunto em campo, era imbatível. Até a metade do ano, o Criciúma era líder do campeonato. Depois do recesso das Olimpíadas, o mundo inteiro queria saber sobre o time que liderava a série A do melhor país do mundo em termos de futebol.

Pela lógica, o Globo Esporte, em rede nacional, queria uma matéria sobre esse time que já estava há semanas na liderança e que fugia do tradicional eixo futebolístico: Rio- São Paulo – BH – POA.

A RBS/TV de Florianópolis fez a matéria sobre o Criciúma. Não entrevistou nenhum jogador, treinador ou dirigente do Tigre. Porém, a reportagem foi feita com as características do Criciúma que, coletivamente, era muito parecido com o Criciúma que jogou na final do turno contra o Figueirense no 1º tempo esse ano de 2011. Mas, adivinha qual foi a característica do Criciúma foi exaltada pela RBS/TV? A violência. Até hoje procuro essa tal violência, afinal, o Criciúma era sim um time de pegada, forte... mas violento era um exagero descabido.

E aí apareceu a “maledita” reportagem afirmando a violência do Criciúma em rede nacional. Não deu outra: nos dois primeiros jogos depois da reportagem, o Tigre teve que se virar com 9 jogadores. Ficou claro que a reportagem feita pela RBS/TV e mostrada pelo Globo Esporte influenciou os árbitros de forma desonesta em desfavor do Criciúma. O jogador do Tigre não podia encostar no adversário que ganhava um cartão de brinde.

O resultado não podia ser outro: o Criciúma foi rebaixado para a Série B e no ano seguinte para a série C. Da glória ao caos.

Agora as pessoas de outros estados podem entender porque o Criciúma sempre reclama tanto da arbitragem até hoje. Somos traumatizados nacionalmente e vítima, assim como outros times do interior do Estado, da famosa arbitragem caseira catarinense que, vira e mexe, tendenciosamente, privilegia os times da capital.

A RBS/TV nunca se retratou, e apesar de mudar o formato da reportagem esportiva, a característica de dar preferência aos times da capital nunca mudou.

Pegue por exemplo, a vitória do Criciúma no 1º Turno do Catarinão 2011. No primeiro GE após o jogo, fizeram umas homenagenzinhas ao Criciúma parodiando ao Oscar. Mas em nenhum momento analisou o jogo, comentou sobre a atuação da arbitragem ou sobre o lamentável caso dos torcedores criciumenses detidos pela PRF.

Mas, em compensação, analisaram a situação do técnico e dos jogadores do Figueirense. Nos outros dias, a RBS volta a sua atuação normal: citando o Criciúma rapidamente dando destaque à demissão do Técnico do Figueirense, a reação da torcida, além de fazer um raio X completo sobre a vida do novo técnico contrato.

Mas, admito que já melhorou muito. E aqui, destaco a atuação do Douglas Nazário que tem feito reportagens sobre o Criciúma com veiculação estadual. As vezes peca com tanta criatividade sem graça, mas, vamos dar os devidos descontos. Agora, a transmissão dos jogos do Tigre conta até, imaginem só, com a participação do Silvio Criciúma. Coisa que há anos atrás era impossível. Já é alguma mudança né?

Mas tem coisas que nunca mudam mesmo. No Click RBS, na parte de futebol, vê-se no menu: Avaí, Figueirense e Catarinense. Ou seja, só o Avaí e Figueirense merecem destaque no menu. Não acredita?

Acessa: http://www.clicrbs.com.br/esportes/sc/noticias/lista/pg/1/start/1/themeid/11/contexto/default/

Não adianta o Criciúma ser campeão da Copa do Brasil, Campeão da Série B e da Série C, e nem conquistar trocentos campeonatos catarinenses. Pouca importa ter revelado o Felipão , o Maicon da seleção. E o Douglas, atual camisa 10 do Grêmio que já passou pela seleção e que já jogou no Tigre? Nada disso é importante o suficiente para o Criciúma ganhar um mísero espaço no menu do click RBS.

Importante mesmo é uma vitória na Série C do Avaí e o total de zero títulos nacionais do Figueirense.

A verdade é que a RBSTV pode fazer um programa inteiro para puxar o saco do Criciúma quando ganha um título (o que não é mais que obrigação de qualquer meio de comunicação), mas o torcedor do Tigre não se esquece de uma história vitoriosa inteira sendo ignorada pela referida emissora. Ele sempre vai encher o pulmão e gritar, com razão, de todo o coração: EI RBS, VAI TOMAR NO CU FILHA DA PUTA!

PS : Não sou nenhuma expert de futebol e esse post foi escrito baseado na minha memória. Se tiver algo errado aí, pode comentar q eu faço um update de boa!

Menção honrosa ao @renanmedeiros que me lembrou que em 2002 o Tigre foi campeão da Série B e que em 2004 o recesso foi dado porcausa das Olimpíadas.

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