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É duro ser mulher moderna



O perfil da mulher feminista está mudando. O "feminismo clássico" nasceu com o advento da pílula anticoncepcional na década de setenta do século passado.

Nos conta a história tradicional que quando a mulher conseguiu retardar a maternidade, acabou por adquirir certa liberdade na sua vida e começou a querer a "progredir" profissionalmente e sexualmente tanto quanto os homens.

Mas nem sempre as mulheres foram consideradas seres inferiores aos homens. No Egito Antigo, por exemplo, a mulher não precisava casar virgem, podia viver sob União Estável e se divorciar a qualquer momento sem denegrir a sua imagem, estudava (se rica obviamente) e, podia até mesmo comandar o país.

Na verdade, esse papel de mulher inferiorizada teve uma grande influência da Igreja Católica (para variar né?) que colocou Maria, mãe de Jesus, como principal símbolo feminino em que todas as mulheres deveriam se espelhar.

Dizia-se que a mulher é o centro do lar, a peça mais importante porque à ela, assim como foi feito com Maria, era outorgada um tarefa divina: de educar os filhos de seus maridos. A mulher virtuosa era melhor mãe. Assim, se aprendia como cuidar de uma casa, dos filhos e do marido.

A mulher não precisava aprender a ler, a entender de política, muito menos ter profissão. A sua tarefa já era determinada pelo seu nascimento, Deus queria assim. A política? O futuro da Nação? Isso é coisa dos homens e do Clero.

É baseado nisso que se discute tanto o papel de Maria Madalena na vida de Jesus, assunto que virou temas de célebres livros e documentários. Afinal, qual o interesse da Igreja Católica, ao compilar os livros bíblicos, em mostrar uma mulher que, se realmente era a esposa de Jesus, tinha uma posição igualitária entre os escolhidos para propagar a palavra de Deus?

A mulher ficava dentro de casa, no famoso papel de Rainha do Lar. Até onde me lembro, aqui no mundo ocidental, a mulher não entrou no mercado de trabalho porque desejava uma profissão e seguir uma carreira. É que, com a Revolução Industrial, os campos começaram a se esvaziar e inchar as cidades formando grandes cinturões de pobreza. Logo, as mulheres foram lançadas ao trabalho porque se viam obrigadas a ajudar no sustento da casa para não morrer de fome.

Aliás, não foram só as mulheres, mas seus filhos também. Era uma parte da população explorada, que laborava em condições insalubres e tinha péssimos salários.

Bom, foi a partir daí que se começou a luta pelos direitos trabalhistas, pelo direito de voto, pela equiparação social, pelo direito à mesma educação e saúde que os homens.

Bons anos mais tarde, surgiram mulheres intelectuais, as feministas estereotipadas: aquela solteirona, com jeito de machorra que dizia que não precisavam de homens para nada, propagando a auto-suficiência feminina. Foram ridicularizadas, e são até hoje, mas não há como negar que tiveram a grande função de mostrar ao mundo contemporâneo ocidental que a mulher possui tanta inteligência quanto os homens, e o homens, sem contra-argumento, se satisfaziam em chamá-las, simplesmente, de mal comidas.

Hoje são poucas as mulheres que se aventuram em dizer que não precisam de homem algum para se sentirem realizadas, com exceção das lésbicas obviamente. Na minha opinião, uma mulher que diz que não quer encontrar um homem legal para se relacionar porque é auto-suficiente e não é homossexual, incorre praticamente no mesmo erro daquele homem que diz que mulher só serve para o sexo. E até arrisco dizer que hoje esse tipo de pensamento é muito comum.


Porém, atualmente, está se formando uma nova geração de feminista. É aquele tipo de mulher que quer casar e cuidar da casa; ter filhos e educá-los; ter marido e tratá-los como bebês exatamente como a mãe dela fazia; ter profissão e ser bem sucedida; cuidar do corpo, do cabelo, da unha, da pele, da aura, da alma; ter um amante para provar que gosta de sexo; ter sempre aquelas amigas para fazer o happy hour nas sextas à tardezinha; quer viajar pelo mundo; pular de pára-quedas; fazer seu próprio mapa astrológico e, finalmente, assobiar e chupar cana... tudo isso ao mesmo tempo é claro!!




E, em contra-partida, tem um homem que trabalha de segunda a sexta, das 8:00 da manhã ás 17:00 horas da tarde, que chega em casa todas às noites e reclama da porcaria da janta que ainda não está pronta, das pestes dos filhos que ainda não foram dormir que ficam querendo a atenção dele enquanto vê o Jornal Nacional. E, ainda, não acredita como foi casar com uma mulher tão incompetente.

Os finais de semana? Claro que sábado é o dia dos amigos, da sinuca e da cerveja (e de outras mulheres???) e domingo é o dia do homem ir para a cozinha: o famoso churrasco (pelo menos aqui no Sul do país). Mas a mulher descansa no domingo? Claro que não! Quem vai fazer a maionese, a farofa, a sobremesa, pôr a mesa, lavar a louça e varrer a cozinha? (Homens, isso foi uma comparação hiperbólica tá?)

Não é à toa que existem milhares de "psico-alguma coisa" com consultórios lotados de mulheres frustradas e não entendem o porquê.

Será que essas "neofeministas" se acham Deus??? Há mulheres que precisam de pelo menos mais umas cinco vidas extra para poderem realizar tudo que tentam ao mesmo tempo numa mesma vida. Aí não conseguem e se sentem fracassadas. E pior, acaba sempre pondo a culpa TODA no homem que não lhe dá atenção, que não as entendem. Eles têm culpa?? Em parte sim, porque vêem as suas mulheres não darem "conta do recado" e ficam na sua posição mui cômoda.

Porém, nesse caso, acho que a maior culpa é delas mesmas que se permitiram chegar a tal situação e que tiveram a audácia de se sentirem como a mulher-maravilha salvando o mundo de todos os perigos.

Na minha modesta opinião, acho que o maior avanço do feminismo foi o direito de escolha.
Se a mulher quer casar e ter filhos e cuidar da casa e do marido... se ela se sente feliz assim... que assim seja!

Se a mulher quer ter uma carreira profissional bem sucedida e não quer ter filhos... que seja....
Se a mulher quer trabalhar, casar e ter filhos, mas não quer cozinhar.... e quer que o marido, pelo menos, escolha a cueca e a meia que irá usar durante o dia.... que seja...

Hoje, podemos escolher como queremos ser. Só não vale escolher ser tudo.

É bem verdade que pagamos certo preço pelas nossas escolhas, mas é bem melhor do que pagar o preço por aquilo que, simplesmente, nos é imposto.

O que falta em certas mulheres é um pouco de humildade e de auto conhecimento para saber o que realmente querem e conseguem fazer da sua vida...

Não acham ou é eu que estou ficando maluca?? "

2 Response to "É duro ser mulher moderna"

  1. Anônimo says:

    adorei seu texto! muito bom!!! :D
    beijocas

    Unknown says:

    ameei seu texto (:

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