A beleza da dor
No final das contas, aprendi a ver toda a beleza que a tristeza, o sofrimento, o desastre carregam em seu mais profundo significado.
Pouco aprendi com os meus momentos felizes. Mas os de tristeza, esses sim, me ensinaram a ser uma pessoa melhor.
Cada lágrima acaba, por fim, ensinando-te a aprender a sorrir.
Cada palavra ofensiva acaba, por fim, ensinando-te a dizer “eu te amo”.
Cada mágoa acaba, por fim, ensinando-te a se importar com o sentimento alheio.
Enquanto a felicidade, a alegria, a gargalhada nos cegam e nos encarceram em um mundinho... a tristeza, a lágrima nos fazem lembrar que o mundo é bem maior que nosso quarto.
Infelizmente, só somos solidários quando vemos a desgraça alheia ou a sentimos em nós mesmo.
Ou talvez seja só eu que, numa ânsia masoquista, necessite enfrentar a dor para encontrar o que há de mais belo em mim e no outro.
As mais belas histórias, os mais belos exemplos, os mais belos poemas originaram de grandes dores.
É com essa fina ironia que seguimos em frente. Sofrendo para aprender a amar, chorando para valorizar o sorriso, sentindo dor para agradecer o alívio, se perdendo na escuridão para apreciar o nascer do Sol.
Roubando o núcleo ideológico de alguém que me foge o nome: Precisou-se de duas bombas atômicas para que acabasse uma guerra e chegar à conclusão de que lutar pela paz é tão incoerente quanto roubar pela honestidade.
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