Farta da boa intenção alheia
“Eu te magoei, não era minha intenção.”
Pouco importa a intenção. Desculpe, mas até a mais nobre das intenções não vai amenizar a mágoa.
A maioria das mágoas foi criada com os melhores intentos. Afinal, as pessoas fazem o mal sem saber que o estão fazendo.
Hitler tinha uma boa intenção (criar uma raça perfeita e sem defeitos) e isso, nem de longe, é considerada uma atenuante diante dos atos diabólicos por ele maquinados.
Infelizmente, não somos o que pretendemos ser. Somos o que fazemos.
Não reclames dos julgamentos alheios, muito menos do meu. Todos são obrigados a exprimir um juízo de valor sobre todos. Uns julgam mais, outros menos. Mas TODOS julgam, inclusive tu.
O julgamento alheio é baseado nos teus atos, pois somos nós (os outros) que sofremos as conseqüências deles. As tuas intenções não são visíveis, mas teus atos são tão tangíveis que, às vezes, nos socam a alma.
Afinal, já dizia a velha raposa a um menino mimado que se achava solitário e não dava valor à rosa que, apesar de chata e egocêntrica, era amiga de verdade: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
Não há uma pessoa que leia o Pequeno Príncipe e não se identifique com ele.
Mas quantas, como eu, se identificaram com a rosa?
0 Response to "Farta da boa intenção alheia"
Postar um comentário