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Esporte Clube Metropol: uma paixão passada de pai pra filha



Na história do futebol de Criciúma/SC, muito se fala do Comerciário, afinal, foi do Comerciário que se originou o Tigre que vemos hoje, porém, pouco se fala do saudoso Metropol.

Aliás, fala-se pouco por aí, mas por aqui eu ouço muito... pois ouço as histórias do Metropol desde a infância e, para mim, admito que esse time me parece quase mágico.

Reza a lenda aqui em casa que, na década de 60, o Metropol era imbatível. Foi o único time brasileiro que fez turnê de amistosos pela Europa e saiu invicto.

Revelou grandes nomes do futebol brasileiro como o Nilzo que foi jogar no Santos sendo substituto de ninguém menos que Pelé.

Em um campeonato equivalente a Copa do Brasil da época, o Metropol estava invencível. Derrotou o sul inteiro e tinha empatado com o Botafogo aqui em Criciúma.

No jogo de volta, no João Severiano, o Metropol já tinha metido um belo 1x0 no Botafogo. Ao iniciar o 2º tempo, começou a chover muito muito muito mesmo. O juiz suspendeu o jogo e o Dite Freitas (figurão criciumense e dono do time) ficou p. da vida e teve a “brilhante” decisão de fechar o clube.

Os jogadores do Metropol foram vendidos para o Internacional de Porto Alegre e, dessa leva, três jogadores foram para a seleção brasileira: Carboni, Luiz Carlos e Madureira.

Mas, o que mais se destacou no saudoso time do Metropol era o estranho uniforme: camiseta branca com emblema pequeno verde no peito, short branco com listra lateral verde e meias brancas com listra lateral verde também. Hoje seria um uniforme normal, mas na época chamava a atenção... tanto que o João Saldanha ao comentar o jogo do Metropol na Rádio Globo teria dito uma frase que entraria pra história (história do meu pai, rs): “Esse time do Metropol parece que vai fazer primeira comunhão! Todo de branco!” (Não sei o porquê, mas ele se mata de rir dessa história... eu, particularmente, não vejo graça ¬¬).

Pior era a minha “vódrasta” que, fanática pelo Metropol, ia religiosamente aos jogos aqui em Criciúma e, aproveitando-se do fato do alambrado ficar muito pertinho do campo, dava “sombrinhadas” nos jogadores adversários nas cobranças de escanteio e lateral!!! WTF? (Essa parte meu pai conta super sério e eu sempre caio na gargalhada!).

Pois é, enquanto o pai de vocês contava historinhas de contos de fadas ou monstros ou piratas antes de dormir; o meu contava as histórias do time mais super-hiper-mega-power fodástico que ele viu jogar!

Não sei a veracidade do que me foi passado durante uma vida inteira e escrita aqui. Meu pai com certeza deve se utilizar de licença poética para deixar a lenda mais interessante. Mas, como diria o Chicó do Auto da Compadecida: “Não sei, só sei que foi assim.”

1 Response to "Esporte Clube Metropol: uma paixão passada de pai pra filha"

  1. ph.E says:

    Senão me falha a memória existe um livro, ou documentário contando a história do time, nào? Já li algumas coisas sobre a história do time, e com certeza a historia (ou seria estória) dele faz os criciumenses ficarem orgulhosos.

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