Sobre viver e outras bobagens...
As pessoas se esqueceram tanto de ser sinceras com os
outros, que acabam mentindo para si próprios.
Poderia aqui escrever doces palavras, enfeita-las com frases
de efeito. Mas, infelizmente, não sei escrever o que não sinto.
Ser eu mesma tem me obrigado a me reinventar todos os dias.
Dar-me ao luxo de amar, de odiar ou de, simplesmente, ser indiferente às coisas
ou às pessoas ao meu redor. Não necessariamente nessa mesma ordem.
É como se minha alma fosse um corredor cheio de portas.
Algumas eu abro e fico horas em meu universo particular. Outras portas só de
olhar me assustam. Mas, fechar algumas dessas portas é o que me dói mais.
Sou um cubo mágico: mexo aqui, mexo acolá... mas nunca,
nunca resolvo o enigma de quem realmente sou e qual o meu papel nesse mundo.
Mas por mais que eu mude, por mais que eu me quebre, por
mais que eu me cole de diferentes formas, ainda assim, essa sou eu.
Capaz de matar e morrer. Aliás, isso é muito fácil quando
não se tem nada a perder.
Capaz de despertar o amor e o ódio. Ninguém é obrigado a
gostar da gente como a gente é. Nem eu sou obrigada a gostar de você.
Capaz de gritar para o mundo que nada dessa porra está
certa. Capaz de olhar a maior crueldade humana com indiferença.
Sou capaz de tanta coisa, que me sinto capaz de nada.
Mas, pelo menos, eu ainda sou eu... me reinventando, e
descobrindo que de tanto amor, aos poucos, também se morre...
Aos que conseguem viver dele, minha inveja sincera e um abraço apertado.
Olá, espero que não se importe, mais citei seu post em meu blog.
Claro que dei o devido crédito.
E parabéns pela expressividade.
Sinto-me na mesma situação, dói. Não me consigo encontrar...