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Devaneios catarinos sobre os gaúchos. Ou: Oh povinho bardoso!



Estava conversando com um amigo meu sobre a diferença entre catarinenses e gaúchos. 

Brincadeiras a parte, o povo gaúcho tem, e, desculpe a redundância, umas peculiaridades bem peculiares.

Tem coisas que, simplesmente não  entendo: só os gaúchos podem explicar o prazer de se comemorar uma revolução que perdeu!!!

Até hoje não entendi a moral de comemorar a Revolução Farroupilha que, no fim das contas, não revolucionou coisa nenhuma. Por isso, me resguardo em chamar simplesmente de Guerra dos Farrapos.

Tá. Faz anos que não estudo história, mas lembro bem do cunho separatista da revolta. No fringir dos ovos, os gaúchos voltaram a ser brasileiros.

Sim, sou catarinense e não, não tenho o mínimo orgulho de Anita Garibaldi. Mulher traíra, o marido dela se juntou ao exército imperial e ela foi lá trair ele com o Garibaldi. 

Expôs o coitado do marido ao ridículo.

Todos contam a coragem dela de lutar grávida quase parindo o filho em meio a guerra. O que vocês chamam de coragem, eu chamo de irresponsabilidade!! Jamais arriscaria a vida do meu filho por causa nenhuma.

As causas qualquer um pode aderir, mas nossos filhos, só nós mesmas podemos dar à luz.

Catarinense não comemora a República Juliana, que reza a lenda que era uma república independente desde que obedecesse à, então, República Rio Grandense. Democracia para que, né gente? Desde daquela época, os gaúchos achavam que Santa Catarina era seu quintal. Tsc tsc.

Eu sei, a gente se odeia, mas a gente se ama... Mas bah, é tipo amor de malandro, entendesse? rs  

Sobre viver e outras bobagens...


As pessoas se esqueceram tanto de ser sinceras com os outros, que acabam mentindo para si próprios.

Poderia aqui escrever doces palavras, enfeita-las com frases de efeito. Mas, infelizmente, não sei escrever o que não sinto.

Ser eu mesma tem me obrigado a me reinventar todos os dias. Dar-me ao luxo de amar, de odiar ou de, simplesmente, ser indiferente às coisas ou às pessoas ao meu redor. Não necessariamente nessa mesma ordem.

É como se minha alma fosse um corredor cheio de portas. Algumas eu abro e fico horas em meu universo particular. Outras portas só de olhar me assustam. Mas, fechar algumas dessas portas é o que me dói mais.

Sou um cubo mágico: mexo aqui, mexo acolá... mas nunca, nunca resolvo o enigma de quem realmente sou e qual o meu papel nesse mundo.

Mas por mais que eu mude, por mais que eu me quebre, por mais que eu me cole de diferentes formas, ainda assim, essa sou eu.

Capaz de matar e morrer. Aliás, isso é muito fácil quando não se tem nada a perder.

Capaz de despertar o amor e o ódio. Ninguém é obrigado a gostar da gente como a gente é. Nem eu sou obrigada a gostar de você.

Capaz de gritar para o mundo que nada dessa porra está certa. Capaz de olhar a maior crueldade humana com indiferença.

Sou capaz de tanta coisa, que me sinto capaz de nada.

Mas, pelo menos, eu ainda sou eu... me reinventando, e descobrindo que de tanto amor, aos poucos,  também se morre... 

Aos que conseguem viver dele, minha inveja sincera e um abraço apertado.

Meus tons de cinza não são os da moda


É duro se dar conta que está órfã. As vezes, ser órfã por opção é, simplesmente, optar pelo menor sofrimento.
Dói ter que dizer não a uma pessoa que te machuca ou permite que outros o machuquem.
Ninguém me disse que a vida poderia ser assim, tão triste e tão sem sentido.
É triste saber que não se tem família. Um dia você acorda e se percebe só no mundo. Quando se olha para os lados e só enxerga o vazio, é um sinal que não vale a pena viver.
Eu sei que tenho  dom de despertar desprezo e ódio nas pessoas. Mas é que a gente só dá aquilo que tem.
O ódio eu nem ligo tanto.... mas o desprezo, esse não ligar para os sentimentos alheios,  esse constrangimento quando os olhares se cruzam... isso é cruel.
Por isso prefiro me afastar, mergulhar em meus devaneios particulares. Tenho que me perder para me encontrar.
Por que esse masoquismo bobo de querer estar ao lado de quem não nos considera?
Queria ser uma dessas pessoas que gostam sem esperar nada em troca. Mas eu espero. E quando não recebo, eu sofro. Não tanto pelo desprezo em si, mas porque não sou do tipo de pessoa que gosta fácil, mas, quando gosta... gosta de verdade.
É como se desse uma pérola de presente e essa pessoa deixasse ali, junto das quinquilharias, na estante empoeirado.
A estrada da vida é muito longa. Devemos deixar algumas coisas que pesam pelo caminho para tornar a caminhada mais leve. Eu estou deixando meu coração.

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