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Meu querido Arquivo X


Faz um bom tempo que não atualizo o blog, por várias razões dentre elas o fato de eu ter feito uma maratona Arquivo X.

Sempre fui fã da série desde 1998 quando a série passava na Record. Lembro que era as sextas à 11 da noite, o que para mim, na época, era muito tarde.

Mas, confesso que não acompanhei a série como gostaria, seja pelo horário ou pelo fato da Record nunca ter passado a série exatamente na ordem.

Para mim, isso pouco importava, já que a grande maioria dos episódios eram independentes entre si.

Arquivo X começou como quem não queria nada e arrebatou uma legião de fã que são, até hoje, fanáticos pela série.

Como toda boa fã feminina de Arquivo X, eu era fascinada pelo Fox Mulder. 


O mais engraçado é que não era tanto pela beleza dele e sim pela personalidade, inteligência, sarcasmo e fidelidade aos seus princípios.

Enquanto minhas amigas amavam o Brad Pitt porque era lindo ou o Leo Dicaprio porque era sensível, eu amava o Fox Mulder porque ele era inteligente e obstinado.


Está aí uma série que deixou um legado a todos o jovens amantes de séries em geral. Foi no Arquivo X, por exemplo, que se popularizou o termo Shippers que era designados aos eXcers que torciam pelo envolvimento amoroso entre os agente principais da série. Em contraposição, havia os NoRomos (no romance) que defendiam o fato da série não necessitar desse clima romântico e que os casos inexplicáveis eram, por si só, suficientes  para o seguimento da série.

Particularmente, durante muito tempo eu era NoRomo. Primeiro, porque tinha ciúmes do Fox Mulder e segundo, porque não acompanhava a série na sua sequência exata para entender a fundo a ligação entre Fox e Dana.

Assistindo à série na sua ordem, e agora, bem mais madura para entender a sua complexidade, admito que a conspiração e toda a história ficou muito óbvia a partir da metade da série.

Os vilões sempre tiveram meu respeito. Tanto o Cancer Man como seu filho Jeffrey me pareceram super simpáticos. Queiramos ou não, o filho do canceroso salvou o Willian, o filho de Mulder e Scully. O canceroso também teve sua cota de sacrifícios: nunca pode estar com o amor de sua vida (a mãe do Mulder), entregou sua esposa para experiências com aliens e sempre enfrentou o ódio de seu filhos: Jeffrey e Mulder.


Também sempre gostei do Skinner, mesmo quando a Dana cismava que ele fazia parte do tão famoso Sindicato.

O Krycek também merece meu respeito. Primeiro porque ele é o homem mais lindo de toda a série e fazia um par super interessante com Marieta (funcionária da ONU que a mando do canceroso dava informações privilegiadas ao Mulder). Sim, ele fez muita merda na série inteira... mas sofreu muito também, inclusive com a amputação do seu braço.


Mas não tinha só gente querendo ralar a vida do menos querido agente da Bureal. Ele tinha seus fiéis amigos: os pistoleiros solitários, que acabaram morrendo da forma que achavam mais nobre; protegendo a terra de um ataque biológico fatal.


Com a saída de Mulder da série, desisti de acompanhar pela Record. Ainda tinha na cabeça aquela imagem do Robert Patrick como o inimigo do Exterminador do Futuro II. Juro a vocês que eu achava que ele ia se derreter em metal líquido igualzinho ao filme em qualquer epy da série.

Mas sim, acabei gostando do Agente John Dogget. Ao assistir à série completa, tinha raiva da Scully que o obrigava a acreditar no unsee world. John Dogget não acreditava em nada que não fosse natural. Ele preferia não acreditar porque não podia viver com possibilidade de não ter feito tudo o que pôde para salvar seu filho, Luke, que foi assassinado quando era criança.


John Dogget era o típico macho man, sempre exalando testosterona pelos poros em suas cenas. Nunca soube ao certo se ele realmente era apaixonado pela Scully ou se se rendeu ao amor da agente Monica Reyes.


Ah Monica Reyes... essa é um personagem na qual me identifico muito. Até o Mulder, o spook Mulder, achava ela doida... Era especialista em crimes envolvendo rituais satânicos e acreditava em todas as energias do universo: mundo paralelo, numerologia, vida após a morte, vidas passadas.

Esses agentes dançaram New York, New York na cara da sociedade americana e conquistaram um pedaço eterno de cada um de seus milhares de fãs.

Vemos a influência de Arquivo X em novas séries como Supernatural e Fringe. Sempre tem aqueles fanáticos que acham um absurdo essas séries novatas fazerem referência a X Files. Eu acho ótimo. Alias é uma excelente forma de se conseguir mais eXcers jovens. Eu mesma conheço alguns adolescentes que começaram a ver Arquivo X por causa de Supernatural.

Talvez, a referência mais recente ao X File é o filme Prometheus, já que explora uma teoria muito abordada pelas últimas temporadas: de que deus, na verdade, é de origem extraterrestre e que talvez sejamos cobaia ou criação deles para uma futura colonização.

Aos eXcers, a verdade sempre estará lá fora. E para você que acha que Arquivo X acabou faz tempo: doce engano! Afinal, como foi revelado no último epy, a invasão definitiva dos aliens para a colonização da terra tem data marcada: 22 de dezembro de 2012, um dia após o apocalipse no calendário maia.

Já estou preparando a fita crepe para colocar um X na minha janela como parte da decoração de Natal. Afinal, I want to believe. 

3 Response to "Meu querido Arquivo X"

  1. Gabriel says:

    Muito legal o seu texto, me identifiquei em várias partes e compartilho de toda a nostalgia que vc sente ao lembrar do AX!

    Tiveram dois pontos que eu achei bem legal. Quando vc disse que "Enquanto minhas amigas amavam o Brad Pitt porque era lindo ou o Leo Dicaprio porque era sensível, eu amava o Fox Mulder porque ele era inteligente e obstinado." Esse era realmente um ponto dos fãs de AX, eles têm personalidade, cabeça própria e tantos outros adjetivos para descrever que temos uma visão de mundo completamente diferente daquilo considerado normal.
    E quando vc disse da decoração de Natal!! Vou fazer igual!! Posso!? hahahaha
    Parabéns pelo texto! Beijos!

    Unknown says:

    Adorei seu relato. Eu também comecie a assistir a séria a partir da 5ª temporada(que pena!) , mas como a série me conquistou de imediato, tratei de assistir as primeiras temporadas.Já que o canal FOX exibia em outros horários(na tv por assinatura). Eu também torcia por um romance entre os agentes.Mais interessante era como Chris Carter tratava esse assunto. Ele não quieria um relacionamento amoroso entre seus personagens, pois tiraria o foco central da série, e eu concordo com ele. Mas ele nos presenteou com as cenas em que sempre ficava subtendido algo entre eles, e isso sempre prendia o público. Eu particulamente adorava a troca de olhares entre Mulder e Scully. Aquilo era demais , sabe, era como dizer "EU TE AMO", o cuidado em que um tinha pelo outro, a fidelidade, a confiança e o respeito. Eu também adorava as cenas cômicas e engraçadas e as pitadinhas de ciúmes. Mas o que sempre me chamou a atenção foi o toque de mãos. Aquilo era fantástico, e sempre que eles apertavam suas mãos, se tocavam, não era só uma declaração de amor, era muito forte que isso era mais intenso que o sexo .Já que eles mantinham seus limites. Bom! Adorei a sua história, pois me fez lembra dessa época maravilhosa em que o ARQUIVO X entrou nas nossas vidas. Parabéns pelo relato. Abraços!

    Unknown says:

    Adorei seu relato. Eu também comecie a assistir a séria a partir da 5ª temporada(que pena!) , mas como a série me conquistou de imediato, tratei de assistir as primeiras temporadas.Já que o canal FOX exibia em outros horários(na tv por assinatura). Eu também torcia por um romance entre os agentes.Mais interessante era como Chris Carter tratava esse assunto. Ele não quieria um relacionamento amoroso entre seus personagens, pois tiraria o foco central da série, e eu concordo com ele. Mas ele nos presenteou com as cenas em que sempre ficava subtendido algo entre eles, e isso sempre prendia o público. Eu particulamente adorava a troca de olhares entre Mulder e Scully. Aquilo era demais , sabe, era como dizer "EU TE AMO", o cuidado em que um tinha pelo outro, a fidelidade, a confiança e o respeito. Eu também adorava as cenas cômicas e engraçadas e as pitadinhas de ciúmes. Mas o que sempre me chamou a atenção foi o toque de mãos. Aquilo era fantástico, e sempre que eles apertavam suas mãos, se tocavam, não era só uma declaração de amor, era muito forte que isso era mais intenso que o sexo .Já que eles mantinham seus limites. Bom! Adorei a sua história, pois me fez lembra dessa época maravilhosa em que o ARQUIVO X entrou nas nossas vidas. Parabéns pelo relato. Abraços!

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