Me perco entre lágrimas e risos
Às vezes quero chorar. Às vezes quero sorrir.
A vida deveria ser assim: ou uma coisa ou outra.
Mas já teve dias em que me deparei com os vários tons de cinza que a vida nos envolve.
Já chorei de tanto rir,
Já sorri mesmo querendo chorar.
Não é difícil sorrir depois chorar tudo que tinha para expor,
É impossível chorar depois de tanto sorrir.
Às vezes, com o sorriso sai algumas lágrimas... mas isso não é choro, é apenas a moldura do sorriso.
Já ri de piada sem graça, suja e politicamente incorreta.
Já chorei assistindo desenho animado ou ouvindo uma música antiga.
Já ri de tão nervosa... já chorei de tão culpada que me sentia.
Já sorri por nada e já chorei sem motivo.
Gargalhei até perder o fôlego, chorei até perder a alma.
Chorei em enterros imaginários, e ri das minhas milhares formas mentais de me vingar.
Sorri para disfarçar insegurança e chorei para demonstrar coragem.
Chorei para diminuir a dor e sorri para aumentar a alegria.
Sorrir me leva para um mundo utópico, nas nuvens... chorar me deixa no chão, sóbria.
Proponho levar a vida sorrindo já que chorando eu vi as maiores crueldades que o ser humano consegue cometer.
Mas, como diria o saudoso cartola: “Deixe-me ir, preciso andar, vou por aí a procurar rir pra não chorar.”
Que belo texto! Nesse momento encontro-me mal comigo mesmo e com as peças que a vida nos prega. Ler um texto como esse torna-se reconfortante... Um forte abraço!