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Sou dessas...



É triste ter que admitir que o Universo não gira ao meu redor.

Quero colo, mas só encontro a cama vazia.

Quero um abraço, mas só encontro as pessoas de relance.

Queria dizer ao meu amigo: “não quero ficar sozinha hoje. Podes me faze companhia? “, mas sou muito orgulhosa para isso. Até tentei, mas ele não levou muito sério.

Às vezes, canso de ser forte. Às vezes, quero ser fraca... chorar como se não houvesse amanhã. Chorar até me dar sono e dormir o sono dos justos ao lado de um amigo... com a cabeça no colo recebendo cafuné. Mas né? Não sou dessas.

Não sei pedir atenção e nem quero que meu amigo resolva meus problemas. Só queria chorar num colo seguro e me sentir protegida. Nada sexual. Muito fraternal. Sou dessas.

Meu amigo é minha cartela de rivotril com gin. Eles nunca me rejeitam e nem ligam pras minhas lágrimas. Finjo que meu travesseiro é um amigo querido... que está ali para todas as horas. Sou dessas.

Cansei de ser a Fiona... quero ser a Bela Adormecida e entrar em sono profundo por uns cem anos. Sem incomodar ninguém, muito aqueles que eu amo. Sou dessas.

Minha doce criptonita


Todos têm sua fraqueza. Jamais, aconselharia a ninguém a expô-las. Sempre tem um desalmado que pode usar isso contra ti.

Qual é a sua criptonita? Qual é a minha criptonita? Precisamos localizá-la, rapidamente, e jogar para fora o mais longe que puder. Afinal, sem fraquezas, sem dor. A coisa mais lógica a fazer.

Minha criptonita é meu sentimento pelos outros. Não sou do tipo sentimentalista e melosa. Mas quando eu sinto, eu sinto para valer.

É meu precioso. Eu sinto esse querer bem, esse amor. Não sei, exatamente, o que acontece para fazer que esse sentimento nasça por umas pessoas e outras não. Só sei que nasce e não é necessário ser recíproco.

Minha fraqueza é dar de graça aquilo que eu mais preservo em mim. Guardo com todo carinho e não deixo qualquer um chegar perto. Mas, quando resolvo dar... dou de graça, sorrindo e oferecendo um bolinho com café junto.

Dou sem pedir nada em troca. É um presente que não se vê e nem todos têm a sensibilidade de sentir. Mas está lá... intacto.

Nunca pedi nada em troca, mas não sou idiota em não confessar que espero ser correspondida. Espero mesmo. Fielmente.

Nem sempre sou correspondida, aí o que nos sobra é respirar fundo e seguir em frente, porque, infelizmente, não há forma de pegar esse sentimento de volta e fingir que ele nunca existiu.

Ele existe, foi marcado como boi a ferro em brasa no átrio mais nobre do meu coração.

Não sou a pessoa mais apta do mundo a demonstrar esses meus sentimentos. E, quando, eu mostro... mostro do meu jeito torto. Gostaria de dizer a essas pessoas, diariamente, que eu as amo, mandar cartõezinhos melosos, de abraçar e de beijar e de aninhar todos em meu braço com cafunés. Mas, eu não sei fazer isso.

Essas ações, por mais belas que sejam, me parecem falsas. É estranho, mas meu sentimento floresce quando eu brigo com elas, dizendo que me magoei ou que ela está fazendo tudo errado por isso ou por aquilo. Só me “disponho a me indispor” com as pessoas que amo.

É que meu coração não suporta ver os que amo fazendo coisas que podem machucá-los lá na frente. E para impedir isso, sou capaz de gritar, de ofender, de magoar, de bater. Se alguém tiver que sofrer, que seja eu sofrendo pelo olhar torto daqueles que amo. Se isso for impedir de vê-los sofrer... eu pago o preço.

E se alguém ofender aqueles que amo, meu querido, comprou uma briga com o inferno. Eu perco as estribeiras, a educação e bom senso. Viro um pitbul de batom. Quer brigar com os que amo? Vai ter que passar por cima de mim primeiro. Posso suportar ofensas a minha pessoa, até acho graça. Mas mexe com aqueles que amo que eu mostro onde está a graça bem no meio da fuça de alguém.

Mas falando em graça e em sentimento, a graça está, exatamente, em dar de graça esse amor e mesmo assim, sem pedir nada em troca, sem manipular, receber a reciprocidade.

A desgraça está em dar de graça e a pessoa fazer pouco caso dele. Ou quando alguém descobre que esse sentimento me é importante e tenta me atingir com ele. Afinal, podem me atingir o quanto quiserem, mas não cheguem perto dos meus sentimentos pelos outros ou de seus destinatários... eu viro bicho.

O mais irônico de tudo isso, é que meu sentimento pelos outros é minha criptonita e, ao mesmo tempo, é a minha força de viver. Se eu jogar minha criptonita longe de mim, eu morro. Se eu conviver com a minha criptonita, sou capaz de matar e de morrer e de continuar vivendo ainda sim.

A verdade é que a minha fraqueza é a minha maior fortaleza. Um paradoxo irresolúvel, inviável e intratável.

Essa é a minha criptonita: Amarga e doce, mortal e vital, repulsiva e preciosa, esculpida com muito custo e dada de graça, me faz experimentar o céu e descer aos infernos, razão da minha vida e que pode me custar a morte.

Essa dualidade ainda vai me transformar em um monstro, ou me deixar mais humana. Tudo dependerá do ponto de vista daqueles que fazem parte da minha doce criptonita e daqueles que não possuem a dádiva de nem chegar perto dela.

Tô nem aí pra Ciência. Me amem.

Achem-me louca, insana ou doente mental: mas não confio na ciência.
Às vezes me pergunto como as pessoas absorvem uma informação como verdadeira pelo simples fato de ser cientificamente provado ou renegam a probabilidade de qualquer outra informação ser verdadeira somente pelo fato de não ter sido comprovado cientificamente.
Não sei a vocês, mas, para mim, parece-me estupidamente ilógica a própria lógica científica. Como separar o observador (o cientista) do observado (o mundo) se aquele está incluso no contexto do que pode ser observado e “não pode ser vendido separadamente”?
Os fãs da ciência irão dizer que esta é mais confiável porque neutra. Como pode um cientista ser neutro se ele faz parte direta ou indiretamente do objeto a ser observado?
A ciência é uma jovem pretensiosa, porém, limitada. Há de ser reconhecer os limites da ciência, assim como todo “ser científico” adora alardear as limitações das crenças, das religiões, dos mitos, das lendas.
Há várias verdades no mundo e cada um tem o direito de escolher o seu melhor entre elas.
Para mim, um conhecimento milenar é muito mais verdadeiro que qualquer estudo científico realizado pelo mais belo brilhante profissional de Havard. Sabe por quê? Porque o conhecimento milenar resiste ao tempo, coisa que a ciência se mostra incapaz de fazer.
Hoje, a ciência aponta um caminho, amanhã apontará outro completamente diferente e nunca reconhecerá que seus resultados não correspondem, necessariamente, a verdade nua e crua como ela é.
Você pode achar que aquele povo que acreditava em fadas, duendes e sereias era um povo estúpido. A existência de seres mágicos nunca foi comprovada ou reprovada pela ciência, mas, fazia com que o ser humano daquela época respeitasse o planeta em que vivia, convivendo em harmonia com a natureza.
Já os grandes cientistas e os grandes avanços tecnológicos podem ter razoabilidade, mas fizeram com que o homem se esquecesse que faz parte desse mundo. O planeta sofre por causa da poluição, do desmatamento, a utilização inadequada dos recursos naturais, e, ninguém pode dizer que esse fanatismo à crença da ciência colaborou e muito para o colapso atual da natureza.
Essa ciência está acabando com o mundo e se o mundo um dia acabar, nós acabaremos com ele.
Agora pergunto: quem é o povo estúpido?
Pouco importa se duendes e fadas existam ou não. Se sua crença faz com que vivamos em harmonia com planeta, se isso deixa o mundo em que vivemos melhor... qual o problema?
Eu, por exemplo, não acredito na teoria evolucionista de Darwin... sou criacionista de carteirinha. Não é que o criacionismo seja verdadeiro, mas, me faz bem crer que alguém maior criou tudo o que se tem hoje. Essa crença me faz respeitar o mundo que vivo porque reconheço que é melhor que eu e faz respeitar a mim mesma porque essa pessoa insignificante que vos fala deve ter alguma função por estar inserida num mundo tão vasto.
Acreditar, simplesmente, que sou fruto da casualidade do caos, é determinar que minha existência (e a sua existência) é vazia. Se assim o for, tanto faz viver ou morrer. Mas, eu preferi a vida com suas crenças milenares tolas sem comprovação científica porque são elas que fazem eu ser aquilo que sou: um ser humano.

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